Temos escutado muito sobre a chegada da era do pré-sal e a transformação que provavelmente ocorrerá na Baixada Santista. E posso afirmar que já faz meses, ou pelo menos uns 2 anos que este assunto já se tornou pauta necessária em encontros e palestras entre os órgãos e entidades de desenvolvimento na região. Talvez até muito repetitivo, como alguma destas palavras da moda que caí no vocabulário do povo. Isto ocorre porque embora inevitável que importantes transformações acontecerão, ainda não é possível para maioria das pessoas perceber, sentir alguma alteração real em suas vidas, principalmente no faturamento de suas empresas.O alerta já foi dado e esta transformação só poderá ser real para sociedades que se organizarem, se capacitarem para tal, pois trata-se de uma rede onde cada setor que for atingido deverá procurar por profissionais, empresas e estruturas capazes de atender as exigências seja elas profissionais ou de serviços para uma nova vida que se estabelecerá na região. A idéia de que se deve ir atrás deste progresso não é bem a melhor forma, pois o natural é que o efeito seja ao contrário, este progresso procurará pelas regiões e empresas na Baixada que estarão aptas a suprir a demanda que se estabelecerá. É aí que quero chegar para relembrar de alguns números que obtivemos por aqui há anos, precisamente entre 2000 e 2002, época que também já falávamos em futuro e que agora após 10 anos precisamos fazer uma nova análise, uma leitura de onde e como estamos. Naquela ocasião identificamos por meio de uma rápida pesquisa de que 80% dos comerciantes do Trade Turístico não conheciam 90% dos principais pontos turísticos de Peruíbe, ou seja, como se podia vender algo que não se conhece?! e assim um projeto foi elaborado e executado, os comerciantes e funcionários puderam conhecer verdadeiramente a cidade e se transformaram com capacitação em receptores do turismo, mas o trabalho não para, não pode parar, a cidade recebeu ao decorrer destes anos melhor infraestrutura e equipamentos que a tornam cada vez mais receptiva ao turista e agora o desafio é estar a frente, enxergar antes quais serão as necessidades que a transformação desta era do pré sal nos cobrará. Buscar informação, capacitação e participação neste processo de desenvolvimento que na verdade já se iniciou e esta presente, mesmo que não de forma palpável como alguns aguardam até que as oportunidades se passem, mas como empreendedores, estes sim entendem que às vezes, sem mesmo poder ver, é preciso apenas a acreditar !